A vida ministerial, especialmente a pastoral, sempre nos impõe algumas perguntas sobre a Igreja, o ministério e também nossa atuação ministerial. Qual é o papel da Igreja na missão de Deus? Qual o propósito de Deus para a Igreja Local? E quanto à nossa atuação ministerial: Como deve ser a minha atuação pastoral para que a Igreja Local seja relevante para seu tempo, para a sociedade na qual está inserida, e principalmente para atingir os objetivos do Reino de Deus?
Os últimos anos foram profícuos em respostas a essas perguntas no horizonte evangélico brasileiro a partir da chegada em solo nacional do “movimento de crescimento da Igreja”. A base desse movimento, filosoficamente falando, é o pragmatismo norte-americano, a aplicação de métodos organizacionais empresariais à Igreja para que ela cresça.
Desde o “Fordismo”, até métodos mais recentes de organização da produção, ficou claro que a boa alocação de recursos humanos produz resultados satisfatórios, obviamente do ponto de vista pragmático. E a adoção pela Igreja de tais métodos produziu resultados espantosos em termos de novas adesões. Mas novas perguntas são colocadas em pauta: O crescimento foi por adesão ou conversão? Ele se deu por força do Espírito Santo ou do planejamento humano e aplicação do método? O temor de que o rigor do método possa se sobrepor à ação do Espírito de Deus estará sempre presente nas boas consciências.
Enquanto Convenção Batista Nacional, vivemos todas as tensões dessas indagações, em nível institucional e das Igrejas Locais, não temos como fugir dessa realidade. Esse tempo presente trouxe com o movimento de crescimento da Igreja uma série de métodos: Grupos familiares, Igreja com propósitos, Igreja em Células (G5, G12, M12), MDA e muitos outros. Cada um apresentando possibilidades de rompimento com os velhos paradigmas e o estabelecimento de novos. Não entraremos em juízo de valor, apenas na descrição histórica dessa realidade.
Além de todos esses desafios impostos pelo tempo presente, fomos apresentados há dois anos às dificuldades e novas demandas trazidas pela pandemia. Algumas Igrejas sofreram bastante com os entraves provocados por essa crise pandêmica.
Percebemos que as Igrejas que menos sofreram foram aquelas que haviam desenvolvido vínculos relacionais fortes entre os seus membros. Vínculos espirituais de amizade e amor cristão. Vínculos interpessoais foram fundamentais para que as Igrejas e irmãos sofressem menos durante esse tempo histórico extremamente doloroso.
Pensando em todas essas coisas, compartilhando-as com a nossa Diretoria, acionando a nossa Secretaria de Missão (CBN Missão – Senam), e ouvindo líderes experientes, chegamos ao que estamos denominando de “Igreja Fiel e Discipuladora-IFD”. A Igreja possui vocação missionária, ela é uma agência do Reino de Deus, e como tal, deve encontrar caminhos para desempenhar seu papel e missão no mundo. Entendemos que nesse mundo pós-moderno, uma forma saudável da Igreja desempenhar seu papel missional seria fazendo um retorno ao mandamento de Jesus em Mateus 28.18-20, fazer discípulos através de relacionamentos intencionais.
Na “Igreja Fiel e Discipuladora” apresentamos o discipulado, não apenas como um método de crescimento da Igreja, ou lição para o batizado, mas como uma proposta de vida cristã: “Sede meus imitadores”, “Ide e Fazei Discípulos”, disse o Senhor Jesus. A nossa esperança é que nossos pastores, Igrejas e o povo Batista Nacional encontrem na “Igreja Fiel e Discipuladora” um caminho para os desafios que o mundo contemporâneo impõe sobre a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
A Convenção Batista Nacional continua lutando para manter os princípios Batistas, o compromisso com a Missão de Deus, Fidelidade ao Senhor Jesus e sua Palavra, e sempre respeitando a Autonomia de cada Igreja Local.
A CBN Ministérios – Sedelim está trabalhando arduamente na produção de material de apoio, encontros semanais com pastores e Igrejas, a fim de que nossas CBE’s, pastores e Igrejas Locais tenham acesso e possam implementar a IFD (Igreja Fiel e Discipuladora) em suas realidades regionais e locais.
Pr. Jesus Aparecido
Membro do Conselho Gestor da IFD
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