/Nota do Presidente

Missões até os confins da terra: A missão é clara!

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Pr. Filipe Espindola

Presidente da CBN


“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”  – Atos 1:8

Que a Graça e a Paz do Senhor Jesus sejam abundantes na sua vida.

Participamos de muitos congressos de missões ao longo dos anos e, com gratidão, nos alegramos com cada um dos missionários que tem entregue suas vidas para a obra missionária e por aqueles que, mesmo não podendo ir, contribuem liberalmente pela obra missionária e intercedem com todo o coração. Mas participar do Congresso de Lausanne na Coréia do Sul foi uma experiência inesquecível, desafiadora e emocionante, nos levando às lágrimas em muitos momentos.

O começo do Movimento de Lausanne

Dizem os organizadores do movimento de Lausanne que nos anos 1970, o evangelista Billy Graham percebeu a necessidade de um congresso mundial para reestruturar a missão mundial em um mundo de mudanças políticas, econômicas, intelectuais e religiosas. Ele acreditava que a igreja precisava compreender as ideias e valores por trás das rápidas mudanças que ocorriam na sociedade.

Em julho de 1974, mais de 2.400 participantes de 150 nações se encontraram em Lausanne na Suíça para o Congresso Internacional de Evangelização Mundial.  A revista TIME descreveu o encontro como “um fórum formidável, possivelmente o encontro cristão mais abrangente já visto”.

Os participantes lembram, com gratidão, a presença e favor de Deus naqueles dez dias de oração e planejamento pela missão mundial, que galvanizou a igreja de três formas significativas:

1. Fundamentos teológicos para a missão global

O Pacto de Lausanne, foi esboçado por um comitê internacional dirigido por John Stott, o Pacto veio a se tornar um dos documentos mais significativos da história moderna da igreja. Ele se define pela necessidade e objetivos de evangelismo, formando o pensamento evangélico durante o restante do século.

2. Grupos de Povos Não-Alcançados

A plenária liderada por Ralph Winter em 1974 é considerada “um dos marcos da missiologia”. Em sua apresentação Ralph apresentou pela primeira vez o termo, agora comum, “grupos de povos não-alcançados”. Ele argumentou que a missão transcultural precisava ser a tarefa primária da igreja, já que milhares de grupos étnicos não contavam com um único cristão e nem acesso às Escrituras em seu idioma.

3. Missão Integral

O Congresso incitou a necessidade de evangelismo e justiça social na missão, com as vozes dos teólogos latino-americanos Samuel Escobar e René Padilla, entre os que foram ouvidos mais claramente. Isso criou uma mudança de paradigmas em boa parte do pensamento evangélico da época, e hoje a difusão da missão holística ou integral pode ser grandemente atribuída ao Congresso de 1974.

Os congressos do movimento de Lausanne:

• 1º Congresso: Lausanne – Suíça – 1974

• 2º Congresso: Manila – Filipinas – 1989

• 3º Congresso: Cidade do Cabo – África do Sul – 2010

• 4º Congresso: Seul (Incheon) – Coréia do Sul – 2024

• Próximo e 5º Congresso: 2050

• Próximo congresso de Jovens do movimento Lausanne: São Paulo – Brasil – 2026.

Em Atos 1:8 diz: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”  

Uma das perguntas mais marcantes no congresso foi: 

Se toda a igreja pregasse o evangelho na sua cidade e todos tivessem a oportunidade de ouvir, aceitando ou não, teríamos concluído a missão? Qual a atitude que o Senhor esperaria de nós? Ir para a próxima cidade, e assim por diante, até os confins da terra. Estamos realizando a missão ou estamos tentando converter os mesmos crentes, vez após vez, culto após culto? 

Pense nisso!

Você já falou para todas as pessoas que você conhece, e até desistiu de evangelizar pois todos conhecem ao Senhor Jesus ou o rejeitaram e você se sente escusado. Será que Jesus considera assim? Será que Ele não espera uma atitude nossa de ir adiante onde o evangelho ainda não foi pregado?

Há muitos mártires na Coréia do Norte, desde 1993, cristãos sendo mortos por causa do regime de Piongyang. Em torno de 15.000 cristãos morreram desde 1993 até agora, por pregar o evangelho ou confessar o nome de Jesus. Há duas semanas atrás, 5 crentes estavam reunidos orando. Foram presos e levados para o campo de concentração e, dificilmente, permanecerão vivos por muito tempo. Quantos mártires morreram no Brasil?

As pessoas que conseguiram fugir da Coréia do Norte e se convertem na Coréia do Sul, o desejo delas é voltar para a Coréia do Norte.  E muitos perguntam aos que fugiram: “o que você quer fazer agora? Eu quero voltar para a Coréia do Norte, para falar de Jesus aos meus familiares e amigos.”

Em 1995 aconteceu uma grande fome. De 1995 a 1998, mais de três milhões de pessoas morreram de fome. E os que conseguiram cruzar para a China, muitos se converteram. E cerca de 100.000 pessoas voltaram para a Coréia do Norte convertidos para pregar o evangelho para os seus parentes. Muitos morreram evangelizando. Será que podemos ir adiante, sair da zona de conforto e quando falarmos a todos, sairmos de novo e irmos adiante?

No amor de Jesus Cristo,

Pr. Filipe A. Espindola
Presidente

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